Como as startups de logística inovaram o setor

Como as startups de logística inovaram o setor

Em um mundo cada vez mais dinâmico e cheio de novos modelos de negócio, as startups de logística mostraram seu valor e se fortaleceram a partir da necessidade constante de inovação.

A transformação digital criou novos hábitos e tornou a cadeia de suprimentos ainda mais complexa e desafiadora, o que abriu caminho para o crescimento das chamadas logtechs.

Oferecendo soluções digitais para resolver as principais dores do setor logístico e agregar valor aos serviços, as startups possibilitaram uma rápida evolução tecnológica para as empresas nos últimos anos.

E as soluções são variadas. Em 2021, o Distrito Logtech Report mapeou 283 startups de logística que atuam com a gestão e entrega de produtos, internet das coisas (IoT) para rastreamento de cargas e veículos, roteirização automática da frota, drones para entregas de última milha, entre outras tecnologias.

Neste texto, abordaremos algumas das principais inovações que as startups oferecem para o setor de logística e como elas podem ajudar o seu negócio.

O cenário perfeito para o boom das startups de logística

Assim como muitos outros setores, a logística atualmente enfrenta um momento importante e desafiador. 

A pandemia COVID-19 afetou várias empresas e operações em todo o mundo e vários negócios precisaram se adaptar rapidamente à alta volatilidade da demanda e às incertezas econômicas.

Nesse cenário, para reduzir custos e aumentar a competitividade, as empresas precisam adotar abordagens e princípios mais inovadores, contexto perfeito para o crescimento e fortalecimento das startups, principalmente as logtechs.

Os últimos anos mostraram novas possibilidades para os consumidores, que agora estão mais conectados, empoderados e exigentes. 

Com várias opções no mercado, o prazo de entrega se tornou uma ferramenta para garantir a competitividade. Podemos rapidamente pesquisar e encontrar diferentes modalidades de frete: no mesmo dia ou no dia seguinte, com janelas de tempo mais convenientes, em locais alternativos, retiradas em lojas físicas ou pontos de entrega mais próximos etc. 

Além disso, não só a compra, mas também a devolução de produtos passou a ser um ponto explorado, já que é um processo ainda muito associado à dores de cabeça com prazos e burocracias. Hoje, quanto mais facilitado ele for, mais seguro o cliente se sente.

Sendo assim, o  papel de uma logística eficaz, inteligente e com um bom planejamento passou a ser fundamental para oferecer uma ótima experiência ao consumidor. 

Felizmente, tudo isso está acontecendo junto ao surgimento de muitas inovações tecnológicas para ajudar a acelerar as mudanças e simplificar os processos.

As novas tecnologias e as ações disruptivas das startups 

A utilização de softwares e plataformas desenvolvidas por startups para auxiliar no gerenciamento das operações logísticas tem otimizado e integrado diversos processos. Veja alguns exemplos:

Otimização de rotas e inteligência de dados

Novos sistemas de planejamento de rotas já estão sendo desenvolvidos usando big data e informações de tráfego em tempo real. 

Soluções desenvolvidas com base em algoritmos com inteligência artificial e machine learning permitem um planejamento mais automatizado e preciso, oferecendo previsão de custos, otimização de recursos, gerenciamento dinâmico da frota, rastreabilidade de entregas e rotas que levam em consideração restrições pré-determinadas e informações de cada cliente.

Isso significa um enorme volume de dados históricos sendo analisados para gerar as rotas mais eficientes, comportando diversas paradas e pontos de origens diferentes, tanto para operações de entregas, como para coletas e serviços. 

Além disso, essas soluções também permitem que as operações de last mile acompanhem as mudanças na logística urbana, dando mais dinamismo às operações. 

Os centros das cidades e as áreas comerciais tiveram, nos últimos anos, um papel importante na dissociação da mobilidade lenta e em grande escala para dar mais espaço à mobilidade rápida e em pequena escala. 

Com as entregas rápidas e lideradas por aplicativos, novos veículos foram incluídos na dinâmica das cidades. Temos hoje bicicletas, motocicletas e até tuc-tucs elétricos integrando frotas.

Logo, é preciso aliar tecnologia e estratégias que sejam capazes de melhorar a eficiência e a segurança em todas as etapas da cadeia de suprimentos.

Segurança de dados e rastreamento

Uma das tendências mais fortes da logística, o blockchain começou como uma tecnologia para Bitcoin e outras criptomoedas. 

A ferramenta permite que os dados sejam armazenados em uma rede global compartilhada, dando a várias empresas e partes interessadas acesso em tempo real a informações valiosas, sem permitir que elas sejam alteradas. 

Essa tecnologia ajuda a  agilizar o fluxo de operações e melhorar a transparência em toda a rede da cadeia de abastecimento, diminuindo também o custo operacional. 

Com ela, é possível atualizar o banco de dados constantemente e incluindo toda a gestão logística, ao integrar e automatizar rapidamente os processos realizados nas empresas.

Robotização nas entregas de última milha

Dos veículos autônomos à automação de depósitos, a robotização já é um dos principais assuntos quando pensamos no futuro da logística e deve dominar ainda mais o setor.

Muitos apostam que, em breve, veremos cada vez mais entregas não tripuladas por robôs e drones, estações de embalagem não tripuladas para coleta e entrega. Já é possível contar com robôs aéreos e terrestres da Myview em grandes condomínios do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 

Prova disso que, segundo um estudo feito pela McKinsey, a maior parte dos aportes feitos em startups de logísticas vai para aquelas que investem em inovações para as entregas de última milha não convencionais.

Nesse cenário, as startups têm desenvolvido tecnologia robótica para atender às necessidades urgentes de encontrar soluções para atender os pedidos  do e-commerce de forma eficiente e automatizada, cumprindo as demandas de entrega no mesmo dia dos clientes.

E os depósitos também entram nessa conta. A automação dos processos que envolvem o estoque e a separação das mercadorias para entrega ou coleta, devolvendo-as aos locais de armazenamento adequados, é uma tendência cada vez mais forte, mesmo em empresas menores.

Logística verde

Falar de sustentabilidade não é um assunto novo. A tendência é que tanto as empresas quanto o poder público, em conjunto, olhem cada vez mais para essa questão. 

Empresas como Mercado Livre e Porto Seguro já estão utilizando grande parte da frota de veículos movida a eletricidade.

As novas regulamentações ambientais junto à crescente valorização das ações mais sustentáveis encorajam as empresas a investirem mais em logística verde – e, consequentemente, em tecnologia para isso.

O compartilhamento de recursos e capacidades, e o carregamento simultâneo, exigem o compartilhamento de dados com muitos parceiros públicos e privados na cadeia de abastecimento. Moedas ‘token’ alternativas permitirão a colaboração.

Existem vários participantes em diferentes partes da cadeia de suprimentos, incluindo órgãos reguladores e um grande número de parceiros terceirizados. Tudo isso é complexo demais para manter em ordem. 

Evitar falhas, desperdícios, retrabalhos e estagnação é cada vez mais crucial para que as empresas se mantenham em um mercado que evolui em uma velocidade crescente.

Assim, a tendência é que as empresas consolidadas em mercados tradicionais invistam cada vez mais em parcerias com startups, buscando novas tecnologias e iniciativas que contribuam com seus objetivos de negócio.

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