Qual tipo de roteirização escolher para minha empresa?

Qual tipo de roteirização escolher para minha empresa?

Um dos principais desafios da logística é otimizar cada vez mais a cadeia de distribuição, utilizando diferentes tipos de roteirização para atender a todas as demandas de forma eficiente, sem deixar de lado a diminuição dos custos operacionais.

E quais são os tipos de roteirização?

Basicamente, podemos definir dois tipos de roteirização:

  • Roteirização estática ou D+1: nesse modelo, toda a roteirização é realizada previamente, considerando todas as variações e restrições definidas pela empresa. O algoritmo integra todas as informações e apresenta a rota ideal de acordo com os objetivos estabelecidos. Entretanto, depois que os veículos deixam o ponto de origem, não é necessário fazer muitas alterações como incluir ou excluir um ponto de parada.
  • Roteirização dinâmica ou sob demanda: é a que, além do planejamento inicial, permite diversas mudanças depois que os veículos já deixaram o ponto inicial. É possível recalcular a rota de forma inteligente em tempo real, incluindo e excluindo pontos de parada, com modificação de origem automática, identificando a localização exata do motorista com o intuito de percepção de quem é o melhor prestador de serviço para determinada demanda. 

Qual escolher para minha empresa?

O tipo de roteirização a ser escolhido depende, essencialmente, das necessidades de cada empresa, considerando as diversas restrições de rotas, a localização dos clientes, o tipo de carga, a frota disponível, o tipo de operação e outros fatores importantes. 

Considere, por exemplo, uma transportadora com um grande número de entregas a serem realizadas partindo de um único ponto de origem. Mesmo que resulte em um tempo de entrega maior, a prioridade da empresa é utilizar a menor frota possível, com a máxima ocupação dos veículos e dentro de um horário definido para o início e o término da viagem. Para esse caso, uma roteirização D+1 atende a demanda com a eficiência desejada, já que não há necessidade de incluir novos pedidos no planejamento depois que os veículos já deixaram o ponto de origem.

Agora imagine uma operadora de internet residencial que precisa atender diversos pedidos de suporte técnico por dia. Para essa empresa, a agilidade no atendimento é essencial para a satisfação do cliente e resolver um problema no mesmo dia é um grande diferencial de mercado. Nesse caso, a roteirização dinâmica é a que melhor atenderia a empresa pois, além dos operadores técnicos partirem de várias origens diferentes, alguns chamados ainda podem ser incluídos na rota durante o dia. Assim, se algum cliente precisar de ajuda quando um técnico estiver por perto, o atendimento pode ser feito em pouquíssimo tempo.

No Brasil, esse tipo de roteirização ainda requer a integração de vários softwares, entretanto, com os algoritmos cada vez mais inteligentes, em breve será possível ter tudo isso em um só sistema.

Mas o que um bom software de roteirização deve oferecer?

Um bom software de roteirização deve ter algoritmos capazes de estabelecer a rota mais eficiente para um conjunto de veículos, levando em consideração todas as variações e restrições definidas pela empresa, que podem ser:

  • De ​​frota: quando a frota é heterogênea, ou seja, os veículos têm diferentes limites de capacidades, custos, licenças, adaptações etc.
  • Do cliente: quando o cliente tem demandas específicas como janelas de horário, tempo máximo permitido para carga e descarga, indisponibilidade em algum dia da semana etc.
  • Do motorista: quantidade de motoristas, carga horária de trabalho, tempo de descanso, distância máxima do ponto de origem etc.
  • Do pedido: tamanho e formato dos pacotes, condições de armazenamento (quente, frio ou frágil), certificação específica necessária etc.
  • Das regras do negócio: todas as que dependem das decisões tomadas pela empresa, como área definida para cada rota etc.

Além disso, as restrições também podem ser classificadas como rígidas ou flexíveis e o algoritmo do software deve ser capaz de apresentar os melhores resultados considerando essas informações. Uma restrição rígida, é aquela que é mandatória para definir uma rota, como, por exemplo, um caminhão que não pode trafegar em determinada estrada ou horário. Já a restrição flexível é uma preferência que o sistema cumpre sempre que possível, como entregar primeiro as cargas de maior valor.

Tudo isso atende muito bem as operações D + 1 mas existem muitas outras exigências dentro de uma operação dinâmica. Precisamos, em tempo real, realizar ajustes na frota necessária, verificar pedidos que seriam comprometidos negativamente pelas alterações, controlar disponibilidade de motoristas conforme sua jornada de trabalho e gerenciar contratação de terceiros. É um problema complexo de ser resolvido.  

A tecnologia tem sido uma importante aliada nesse processo, entregando softwares cada vez mais avançados, que oferecem diferentes tipos de roteirização e utilizam sistemas capazes de mostrar o melhor planejamento de rota de acordo com frota disponível, tipos de carga, localização dos clientes, tipos de restrição e outros fatores importantes.

O uso de um bom software de roteirização é capaz de reduzir significativamente os custos fixos e variáveis de uma operação logística, além de oferecer o controle sobre o transporte e a distribuição de cargas. Para organizar todo esse processo e definir quais tipos de roteirização aplicar, é preciso levar em consideração todas as necessidades específicas de cada empresa antes de operacionalizar as demandas.

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